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Entrevista com Carolina Pedroso. Disputas por poder e pelo controle do petróleo, colapso da economia e corrosão social explicam porque a Venezuela atingiu situação explosiva, que só será contornada com diálogo e negociação
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A Venezuela convive com uma crise institucional de dimensões trágicas e rocambolescas. Maduro manda desde o Palácio de Miraflores. Guaidó atua como um presidente no exílio mas dentro do país. Há dois presidentes, mas falta uma saída.
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A ideia do “petro” surgiu para facilitar transações e empréstimos internacionais, mas até agora não foi aceita pela economia real. São muitos os riscos de que traga prejuízo e há quem a veja como uma fraude.
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A norma democrática está rachada e novos conflitos pipocam por toda a vizinhança, mas o Brasil não mais funciona como âncora da estabilidade regional.
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O novo presidente, eleito de forma expressiva, abre uma esperança para o México. Seu horizonte programático se destaca pela insistência na questão moral, na qual muitos governos têm naufragado.
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A “indústria 4.0” é um novo estágio na tendência à automatização. Avança na Europa e na Ásia. Na América Latina, está travada pela tecnofobia. As esquerdas deveriam incorporar as vantagens trazidas pela aceleração do capitalismo.
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Sem a organização, o ambiente regional seria mais precário do que hoje. A América do Sul precisa de coordenação regional para valer. É o melhor espaço para encontrar soluções inteligentes.
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A crise política e econômica venezuelana apresenta elementos que devem ser enquadrados como violação de direitos humanos, mas não se devem descartar ocorrências de perseguição política, dado o atual cenário do país.
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A situação em Roraima é preocupante em termos humanitários. Mas é preciso ter cautela com a utilização de termos que remetem à crise e urgência, para não gerar uma desnecessária situação de “pânico moral”.
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A situação política equatoriana mostra que um progressismo construído sobre os pilares do caudilhismo e do extrativismo é um progressismo com pés de barro.
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