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O coordenador acadêmico do NEAI, analisa o quadro internacional, Carlos Eduardo Carvalho, discutindo os principais dilemas que os governos e as sociedades enfrentam no momento atual.
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Competição e protecionismo vêm ganhando força nas respostas dos Estados à pandemia do coronavírus. Embora a natureza global do problema exija cooperação entre Estados e organizações internacionais, os impactos sociais, econômicos e políticos acirraram as tensões entre os países que buscam respostas nacionais para o enfrentamento das várias dimensões da crise sanitária. Destacam-se, nesse contexto, estratégias e políticas para o desenvolvimento e a proteção dos sistemas nacionais de ciência, tecnologia e inovação em saúde, assim como do complexo econômico industrial, para reduzir a dependência externa e as vulnerabilidades expostas pelo estrangulamento da cadeia global de suprimentos.
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Ainda que não estejam claros os próximos passos das sardinhas, a tendência anunciada é que não parem, o que pode gerar debates sobre sua possível institucionalização. Por um lado, isso acarretaria o risco de tornarem-se o que nasceram para criticar: mais um partido que se propõe a mudanças, mas esbarra nos limites do sistema político contemporâneo. Por outro, constituir um novo movimento político daria a oportunidade de levar sua agenda para ações em longo prazo, não apenas respondendo a eventos pontuais. No entanto, institucionalizar-se demandaria não apenas ser uma reação à ascensão da extrema-direita, mas também liderança e uma pauta ideológica definida a respeito do que são favor e do que são contra.
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Os partidos políticos clássicos enfrentam hoje o desafio de atuar em um Parlamento Europeu no qual os populistas de direita e os verdes cresceram de forma significativa. Como consequência, os partidos tradicionais de centro-direita e de centro-esquerda já não serão maioria.
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A União Europeia é muito mais do que apenas uma organização internacional. O desafio deste momento é saber se o projeto de uma Europa melhor precisa chegar à barbárie antes que as pessoas se mobilizem para trazê-lo de volta.
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Sucessivas e penosas derrotas levaram os partidos de centro-esquerda a descobrir uma dura realidade: por mais justificáveis que sejam os manifestos em favor da igualdade, não convencerão eleitores cuja preocupação principal é a imigração.
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O populismo está ferindo o coração da Europa. Para combatê-lo, não se pode entregar a ideia de nação aos nacionalistas. A Europa liberal ainda não morreu. Mas seus defensores têm pela frente uma luta longa e árdua.
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A distância entre o que se diz e o que se faz em direitos humanos aparece nos corpos de crianças separadas dos pais ou afogadas em praias europeias, assim como nos campos desumanos de refugiados.
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O maior desafio de Macron tem um nome: Angela Merkel. A chanceler e o presidente não podiam ser mais diferentes na formação e na experiência de vida. Macron diz que as democracias têm de ter os seus heróis. Merkel é a anti-heroína.
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As diferentes “tribos” não se definem pelas tradicionais clivagens entre europeísmo e anti-europeísmo ou Esquerda e Direita. Em todos os países há «soberanistas» de Direita e de Esquerda, tanto quanto «europeístas» de Direita e de Esquerda.
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