Em seus primeiros 100 dias de governo, Biden assinou mais de 100 ordens executivas. No caso de boa parte delas, o objetivo foi desmanchar medidas implementadas por seu antecessor, ou, pelo menos, dar o primeiro passo para que isso aconteça. A quem for de interesse, duas boas fontes para acompanhar sua evolução e compará-las com governos anteriores são o Federal Register(o Diário Oficialdos EUA) e o site The American Presidency Project, uma iniciativa da University of California, Santa Barbara.

Entre outras medidas e ações neste curto espaço de tempo, o novo presidente conseguiu aprovar o pacote de US$ 1,9 trilhão de estímulo e alívio pela pandemia da covid-19, devolveu os EUA ao Acordo de Paris sobre o Clima e à Organização Mundial da Saúde (OMS), suspendeu a construção do muro na fronteira com o México, reverteu a proibição de viagem (travel ban) então em vigor para 13 países de maioria muçulmana e retomou de forma plena o engajamento e o contato com aliados e instituições multilaterais. Também prometeu retirar até setembro de 2021 todas as tropas dos EUA ainda estacionadas no Afeganistão, concordou com a retomada de um diálogo (mediado) sobre o acordo nuclear iraniano e anunciou sua Política Externa para a Classe Média. Nela, eleva o tom com a Rússia e deixa claro que a China é (e será) o inimigo/rival/adversário dos EUA no longo prazo e no maior número de frentes, incluindo militar, política, econômica e tecnológica.

É destes assuntos e outros mais que tratamos textos presentes neste dossiê. Divididos em oito principais temas, aqui se encontram reunidos pesquisadores de quase todas as regiões do país e também do exterior, oriundos de diferentes universidades, institutos, programas e núcleos de pesquisa, enriquecendo-nos com análises construídas com base nos mais diversos repertórios.

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